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Lana Parrilla: "Os miúdos gritam com medo quando me veem na rua"

Ooie Gente o post de hoje é sobre a Lana Parrilla (denovo KK) a Rainha Má de Once Upon A Time..Vamos Começar!!

Aos 35 anos, é uma das latinas do momento. Em entrevista à NTV, a atriz da série de sucesso 'Era Uma Vez' revela a reação do público à sua Rainha Má, diz que se inspirou em Freddy Krueger e explica por que os atores de cinema andam a saltar para a TV.

A Lana já começou a gravar a segunda temporada de Era Uma Vez (AXN), que se estreia nos EUA em setembro. O que é que podemos esperar deste regresso?

Pois é, estou muito entusiasmada com esta segunda temporada. Começámos a gravar em julho. Quão diferente vai ser? Não posso revelar muito. Estive até quase ao início das filmagens na completa escuridão, apesar de os argumentistas terem começado a escrever a segunda temporada ainda durante a primeira. Conhecendo-os como conheço, devem ter começado a escrever há seis anos (risos).

Era Uma Vez assenta, maioritariamente, na contraposição de duas realidades diferentes (uma utópica e outra quotidiana), que se cruzam na trama da série. Não se torna confuso gravar entre estes dois mundos?

Ah, não! Não fica confuso porque consigo muito bem separá-las. Tenho o meu próprio método. Quando recebo o guião de um episódio, divido os textos da parte realista e da parte de conto de fadas. Acho que é um pouco como estar a trabalhar noSaturday Night Live (popular programa de humor dos EUA onde atores convidados fazem vários sketches e personagens numa noite) a fazer vários papéis. Não é confuso.

Mas as cenas da série são gravadas separadamente, consoante a realidade delas?

Às vezes, sim. Gravamos as partes de cada um dos dois mundos seguidas, muito por causa da maquilhagem e cabelos. São muitas horas de caracterização. Quando interpretei uma velhota num dos episódios, estive quatro horas a ser "disfarçada"!

Na série norte-americana, a Lana interpreta, essencialmente, duas personagens: no mundo realista, Regina Mills, uma presidente de câmara corrupta; e no mundo de fantasia, a Rainha Má. Qual delas lhe dá mais gozo interpretar?

(pausa) Adoro as duas. A sério, não consigo escolher. Mas a Rainha Má é muito divertida de se fazer.

Porque existem menos limites?

Sinto que, quando faço esta personagem, estou muito menos preocupada e mais desinibida, porque tenho aquele cabelo todo, a maquilhagem sombria e o guarda-roupa. Sinto que posso ir onde quiser, sinto que posso voar com a Rainha Má.

Interpretar uma vilã, de resto, é uma estreia para si, mesmo com 15 anos de carreira como atriz...

É verdade, nunca fiz uma vilã. E, sorte a minha, sinto que esta é a primeira vez que tenho a oportunidade de desenvolver a minha personagem com os criadores do produto. A Rainha Má é maléfica e tenho de viajar em sítios diferentes dentro de mim para conseguir interpretá-la e fazer um bom trabalho. Eu, Lana, sou uma boa pessoa (gargalhada). Acho que sou muito sensível, preocupada com os outros, tenho imensos remorsos. Por isso, tenho mesmo de fazer uma introspeção até sítios obscuros dentro de mim e da minha personalidade.

E não vai buscar elementos aos seus relacionamentos na vida real?

Sim, claro, também me inspiro em pessoas que conheço na minha vida.

A Rainha Má vai ficar menos sombria na segunda temporada?

É engraçado porque, quando estou a trabalhar, não penso nela como má. Muitas das suas escolhas acabam por ser positivas, se formos ver, mas no resultado final e num plano geral, elas não surgem desta forma aos espectadores.

Mas não é perigoso entrar no cliché com uma personagem como a Rainha Má, presente há décadas em contos de fadas?

Quando recebi o guião da série pela primeira vez, a equipa de criadores disse-me logo que se queriam afastar daquela ideia superexagerada da versão animada da Rainha Má. Eles queriam que a minha fosse muito humana. Eu respondi: "Ok, eu consigo fazer isso." E, portanto, humanizei-a. Parti desse ponto e não me deixei levar pelas personagens maléficas, icónicas, clássicas e populares que todos conhecem. A minha Rainha Má é uma mulher com complexidade. Fiz da personagem uma pessoal real.

Como é que um vilão pode influenciar a vida do ator que o interpreta?

Se não achasse bondade em algumas coisas que ela faz e se fosse sempre buscar coisas negativas na postura da Rainha Má, tenho a certeza de que ela já tinha começado a afetar a minha cabeça e a minha personalidade. (risos)

Era Uma Vez é uma série que vai buscar vários elementos a clássicos da animação e da fantasia. Ultimamente, temos assistido a um renascimento desta temática no cinema e na televisão. Porque é que o mundo se voltou agora a apaixonar pelos contos de fadas?

Sim, há uma nova febre dos clássicos de animação. Alguns exemplos são as adaptações modernas da Branca de Neve(Branca de Neve e o Caçador, com Charlize Theron) e oCapuchinho Vermelho (Red Riding Hood). É uma nova moda. Acho que tudo na vida é cíclico, desde os vampiros, aos zombies ou aos contos de fadas. Existe demasiada destruição e caos no mundo. Hoje em dia, sempre que ligamos a TV, é desastre atrás de desastre, um massacre aqui, outro ali. Os contos de fadas ajudam a trazer de volta às pessoas os seus sonhos e a sua esperança.

Porque nos fazem recordar a infância?

Sim, são histórias que todos nós conhecemos, trazem-nos de volta memórias divertidas. Todos nós lemos estes contos em criança, ou já lemos para as nossas próprias crianças. E além disso, todas as pessoas se identificam com as histórias, em níveis diferentes. Qualquer menina quis ser uma princesa num castelo ou uma vilã. Qualquer rapaz sempre quis viver como príncipe... ou princesa (gargalhada). Estes contos recordam-nos os bons tempos da nossa vida.

Já frisou que a sua Rainha Má de Era Uma Vez é diferente da imagem clássica que conhecemos. Mas costuma ler estes contos de desenhos animados para se preparar para a série?

Sim, gosto de ler as histórias clássicas sempre que elas são incluídas em episódios de Era Uma Vez. Já aconteceu com aBranca de Neve e os Sete Anões, com Alice No País das Maravilhas, com Hansel e Gretel. Leio muito. E de tudo. Ultimamente, para continuar a construir a Rainha Má, tenho andado entretida a ler coisas fascinantes como A Sociopata Que Mora Mesmo ao Nosso Lado (risos).

A primeira temporada de Era Uma Vez conquistou o público norte-americano, com uma audiência entre oito e 12 milhões de espectadores por episódio, na ABC. Como é que tem sentido o feedback das pessoas na rua?

É engraçado! Às vezes, os miúdos gritam com medo quando me veem na rua! (risos) Mais! Muitas vezes, nas sessões de autógrafos, nem sequer me querem conhecer, porque ficam aterrorizados. (gargalhada).

É engraçado porque esta Rainha Má até tem alguns traços de humor...

Sim! Eu própria quis apimentá-la com pedaços de comédia. Ela consegue ser hilariante por ser tão manipuladora. A vilã de A Pequena Sereia, Ursula, foi uma das minhas inspirações neste campo. Ela era simplesmente hilariante. E até o Freddy Krueger, até certo ponto, porque era divertido. Não o achava divertido quando era criança (risos), ficava aterrorizada, mas agora vejo os filmes e percebo isso. O seu timing de humor é fantástico. A própria comédia, de resto, mudou muito nos últimos anos.

Falando de coisas que mudaram, porque é que, cada vez mais, os atores preferem fazer TV a cinema?

Faço televisão há 15 anos. A escrita não para de melhorar no pequeno ecrã. Grandes nomes querem fazer televisão por causa dos argumentistas. É inegável a evolução da escrita para TV. Mas também há o reverso da medalha: a comédia era muito melhor há uns anos do que é hoje...

(Escrito Poor: Riitinha Gross)

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